Quando você não sabe o que já sabe! Foi por esta frase vinda das leituras do blog de Thais Beltrame - artista das mais sensíveis, precisas e envolvidas com o seu trabalho, que veio o impulso e a vontade de partir para uma individual. Como um guia de quem atira no escuro, tomei isso como ponto de partida para o processo reconhecendo o que era familiar da 'emenda' na criação.
Entender o que era emenda passou pelo mesmo filtro de reconhecer tudo que sempre esteve comigo; tudo que é latente, mas muitas vezes invísivel e áspero aos olhos. Olhar pra dentro fazendo uma retrospectiva de si mesmo foi o mote. Rever minhas andanças, amarras, motivações e todas as contradições de um espírito jovem. Emenda serve pra costurar tudo isso!
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Origami doll and nest, em meio ao processo. |
O que me move, a Emenda, é empregado na maioria dos dicionários para pequenas correções em textos, mas seu [des] uso, lida na verdade, como solução pra tudo que é adverso do homem, como curativo, costura, junção, reunião, sobreposição e o que é híbrido do improviso. É viver de maneira consciente e resolvida com o que parece desasjustado! Viver com o caos! Quando penso em emendas de maneira literal surgem imagens de canteiros de obras, dos vendedores ambulantes, das casas de palafita no norte do Brasil, favelas, bugigangas. Personagens dessas soluções inacabadas, improvisadas, frágeis e precárias. Falhas e desordem de toda natureza, estejam eles de acordo com as normas legais, estéticas ou não. Como qualquer coisa que transgrida com o senso comum do que é pronto e agrádavel. Compilar o que é próprio do nosso mundo nos tornam mais humanos, um pouco mais próximos de nós mesmos.
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| Air, a fuga! |
Obrigado a todos os envolvidos: família e principalmente amigos que participaram nessa jornada! Igor Prado, Arianne Pirajá, Valério Araujo, Jane Oliveira, Tássia Araújo, e ao Alay Veras, muito obrigado!
Be kind!
PS: A exposição fica na Olik Objetos Inusitados, em Teresina, até o final do mês de agosto!
